O pastor norte-americano John McTernam causou forte polêmica ao afirmar que as causas do furacão Sandy, que devastou parte da costa Leste dos Estados Unidos, é a homossexualidade.
Sandy se
formou no Oceano como um furacão, perdeu força e atingiu o solo norte-americano
como uma supertempestade, deixando um rastro de morte e destruição nos estados
atingidos.
Para o
pastor McTernam, a culpa pelo furacão é dos homossexuais e do presidente Barack
Obama, que apoiou a busca do movimento LGBT por direitos civis matrimoniais:
“Deus está destruindo sistematicamente a América. Basta olhar para o que está
ocorrendo neste ano [...] Sandy é o furação mais poderoso já registrado, que
pode causar danos catastróficos para todo o nordeste do país. Obama está 100%
por trás da irmandade muçulmana, que jurou destruir Israel e tomar Jerusalém.
Ambos os candidatos à presidência são pró-homossexuais e promovem a agenda gay.
A América está sob julgamento político e a igreja não está percebendo disso”,
afirmou o pastor, de acordo com informações do Huffington Post.
Num
artigo escrito para o site WND, o pastor Drew Zahn afirmou que
muitos observadores nos Estados Unidos acham que todas as vezes que o país se
mostra favorável à divisão do território israelita, um evento catastrófico
ocorre.
Zahn
entrevistou o jornalista William Koenig, que traçou paralelos em eventos
políticos internacionais e desastres em solo norte-americano. Koenig disse a
Zahn que “Quando pressionam Israel para dividir sua terra, os EUA sofrem
catástrofes enormes que batem recorde, muitas vezes dentro de 24 horas [...] O
Furacão Katrina, o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 — os EUA já
sofreram mais de 90 catástrofes que bateram recorde depois de agirem contra
Israel. E quanto maior a pressão colocada sobre Israel para ‘cooperar’, maior é
a catástrofe”.
O
reverendo presbiteriano Augustus Nicodemus publicou
artigo em seu blog, “O Tempora, O Mores”, e afirmou que “é preciso reconhecer
que a revelação bíblica é suficiente, mas não exaustiva. Não temos todas as
respostas para todas as perguntas que se levantam quando uma tragédia acontece.
Não conhecemos a vida das vítimas e nem os propósitos maiores e finais de Deus
com aquela tragédia. Só a eternidade o revelará. Temos que conviver com a falta
destas respostas neste lado da eternidade”.
Sua
publicação foi motivada por especulações como as mencionadas acima, e pela
dúvida natural da causa de tragédias como essa: “De longa data o mal que existe
no mundo vem sendo usado como uma tentativa de se provar de que Deus não
existe, ou se existe, não é bom. E se for bom, não é todo-poderoso – esta
última hipótese defendida pelo teísmo aberto”, escreveu Nicodemus, que disse
entender “a preocupação com o dilema moral que tragédias representam quando
vistas a partir do conceito cristão histórico e tradicional de Deus”.
Entretanto,
Nicodemus afirma que “qualquer tentativa que um cristão que crê que a Bíblia é
a Palavra de Deus faça para entender as tragédias, desastres, catástrofes e
outros males que sobrevêm à humanidade, não pode deixar de levar em
consideração dois componentes da revelação bíblica, que são: a realidade da
queda moral e espiritual do homem; O caráter santo e justo de Deus”.
-A Bíblia
revela com muita clareza, e sem a menor preocupação de deixar Deus sujeito à
crítica de ser cruel, déspota e injusto, que ele mesmo é quem determinou
tragédias e calamidades sobre a raça humana, como parte das misérias temporais
causadas pelo pecado original e as transgressões atuais. Isto, é claro, se você
acredita realmente que a Bíblia é a Palavra de Deus, e não uma coleção de
idéias, lendas, sagas, mitos e estórias politicamente motivadas e destinadas a
justificar seus autores – pontua Augustus Nicodemus.
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